O ex-ministro da Casa Civil da gestão Bolsonaro e senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse em entrevista ao Metrópoles que gostaria de votar "em um Bolsonaro", em 2026, e, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não possa concorrer, a opção seriam os filhos Flávio e Eduardo.

"Eu gostaria de votar em um Bolsonaro. Não sei se é possível. Jair é o meu candidato, mas, se não, minha preferência está na família Bolsonaro", disse o senador.

Bolsonaro foi declarado inelegível pelo TSE em junho de 2023, por cinco votos a dois. Ele foi acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Questionou, sem apresentar nenhuma prova, a segurança das urnas eletrônicas em reunião com embaixadores em 2022. Por isso, ele está impedido de concorrer ao pleito do ano que vem.

Ciro Nogueira afirmou que, dos filhos, tem mais aproximação com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a quem tem maior "lealdade", mas que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também tem o seu "respeito".

"Eu tenho uma aproximação maior com Flávio, tenho uma lealdade, mas tenho um respeito enorme pelo Eduardo. Seriam dois grandes candidatos", declarou o congressista.

Na entrevista ao Metrópoles, Ciro Nogueira sinalizou prazos para que Bolsonaro tome a decisão de manter sua candidatura para 2026. Na avaliação do senador, caso opte por apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), por exemplo, a decisão precisa ser tomada ainda em 2025.

"Eu acho que, se o presidente for apoiar o Tarcísio, o Ratinho, tem que decidir este ano. Porque eles têm que renunciar os seus mandatos lá em abril do próximo ano", afirmou o congressista.

Agora, no cenário em que o ex-presidente decida se manter na disputa até onde conseguir, e depois acabar sendo barrado ou desistir, deve optar por um dos seus filhos.

"Se ele for insistir até o final, é porque ele vai colocar, vai lutar para ter o direito de ser candidato, e se não for, vai ser um dos seus filhos o candidato, o Flávio ou o Eduardo", concluiu Ciro Nogueira.